"Quer me matar, pode matar. Não tô nem aí", desabafa Datena sobre ameaças

Reprodução/TV Bandeirantes 

José Luiz Datena comentou o decreto publicado hoje no Diário Oficial da União que, entre outros pontos, facilita o acesso dos brasileiros ao porte de armas, e aproveitou o assunto para falar sobre ameaças que tem recebido ao longo de sua carreira.

"Eu recebo ameaça pra caramba, sou ameaçado todo o dia. Quer me matar, pode matar. Não estou nem aí, já vivi bem. Eu não estou na idade para usar pistola. Pode me dar 380 tiros se quiser", afirmou o apresentador do "Brasil Urgente", hoje à tarde. "Teve uma época que eu recebia ameaças pesadas, e cheguei a andar armado, mas eu tinha posse de arma", completou.

"Muita gente [jornalista] está escrevendo [sobre o decreto de Bolsonaro que facilita a posse de armas], sem receber qualquer tipo de ameaça. Queria ver eles escreverem e sendo ameaçado como eu sou. Entendo o decreto que Bolsonaro fez", prosseguiu.

Datena avaliou ser necessário o uso de armas, mas disse que é preciso desarmar bandido também. "Hoje temos mais fuzil do que pirulito. Tem que desarmar o bandido e impedir o contrabando de armas também."

O decreto assinado ontem pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) e publicado hoje no Diário Oficial da União amplia de forma substancial a quantidade de categorias e pessoas que têm direito a porte de armas no Brasil.

Entre as novidades estão o direito a porte de políticos, advogados que atuam na poder público (como procuradores e defensores), motoristas de veículos de carga, proprietários rurais, e a jornalistas que fazem cobertura policial, como Datena, entre outros.