“Eu acho ótimo! Acho Pablo uma pessoa super segura de si. Mesmo com
críticas e elogios está ali fazendo seu trabalho. Eu adoro, estou me
sentindo Pabllo Vittar! Acho que toda mulher tem de ter um pouco da
segurança de Pabllo Vittar”, disse Cacau.
A ideia de Cacau, no entanto, não foi ficar parecida com Pabllo, mas brincar com o tema da Dragões da Real – “A invenção do tempo – uma odisseia em 65 minutos”
usando um visual de inspiração futurista em contraste com
Paranapiacaba. A vila foi construída por volta de 1.900 e se firmou como
centro de controle operacional e residência para os trabalhadores que
construíram o trecho da Serra do Mar.
O espaço, que tem a neblina constante da serra, parece mesmo uma vila
parada no tempo com sua antiga estação de trens, casas de madeira,
funiculares sem uso e muito verde, cachoeiras e trilhas.
“A escolha foi incrível porque aqui tem toda a referência de tempo, a
estação de trens antiga, o museu de ferrovias antigas. Parece que a
gente está voltando ao tempo mesmo”, disse Cacau.
A Dragões da Real é a segunda escola a desfilar no Sambódromo do Anhembi no sábado, 2 de março.
“Assédio grosseiro incomoda”
Como ex-BBB, Cacau lida há anos com o assédio, seja masculino, feminino
(!) ou da imprensa. Ela relembra a primeira vez que chegou a um evento e
foi “atacada” pelos fotógrafos.
“Quando ainda estava confinada ganhei uma saída da casa do BBB para
assistir a um desfile da São Paulo Fashion Week (SPFW) na primeira fila.
Fui com o (diretor do programa) Boninho e quando cheguei, um monte de
fotógrafo veio para cima da gente, não entendi nada. Falei para ele que
devia estar chegando alguém famoso e ele respondeu que era eu a famosa”,
diverte-se ela.
O que incomoda Cacau, segundo ela, é a abordagem grosseira, seja vinda de homens ou mulheres.
“Às vezes uma mulher te assedia de forma irônica, querendo te criticar.
Quando é grosseiro incomoda, mas o assédio é gostoso quando feito de
carinho, respeito e admiração. As pessoas que me reconhecem pedindo uma
foto e um abraço eu agradeço, isso não tem preço. O maior prêmio que o
BBB poderia me dar é o carinho que recebo das pessoas e isso acontece em
qualquer cidade do Brasil que eu vou”.
“Acho que as mulheres estão começando a se unir, a lutar pelo que acreditam e ser o que elas querem ser. Se eu quero por um biquíni e desfilar no carnaval, as pessoas tem de me respeitar porque essa foi uma escolha, eu quis mostrar meu corpo dessa forma. Acho que não está agredindo ninguém se não está agredindo a mim mesma", desabafa Cacau
E a musa ainda finaliza: "E se uma mulher quer se cobrir do pescoço até
o pé e cuidar só da casa e do marido, é um direito dela, mas ela tem de
estar feliz. Se ela está feliz assim, ninguém está agredindo ninguém, o
importante é ser feliz”.