Os itens podem ser deixados no local ou na Sede dos Conselhos, que fica na Rua Coronel Gomes Machado, 259, no centro de Niterói.
"Todos os órgãos estão completamente focados no socorro e assistência às famílias das vítimas desta ocorrência na comunidade Boa Esperança. Toda assistência está sendo prestada às famílias vitimadas nesta tragédia", informou a gestão municipal em nota divulgada na noite deste sábado.
Segundo o Corpo de Bombeiros, ao menos 10 pessoas morreram no deslizamento e outras 11 foram retiradas com vida do local. Mas ainda há pessoas desaparecidas que podem estar sob os destroços.
O hospital estadual Azevedo Lima, em Niterói, recebeu seis feridos, sendo duas crianças -- uma em estado grave e outra estável -- e quatro adultos, todos estáveis, inclusive um recebeu alta. Outra vítima, um adulto em situação estável, foi levada para o hospital estadual Alberto Torres.
Seis casas vieram abaixo durante a madrugada, quando uma pedra se desprendeu do alto do morro e deslizou. O terreno estava úmido devido às fortes chuvas que atingem o estado do Rio, incluindo a região metropolitana, desde a noite da última quarta-feira (7).
"A Defesa Civil municipal e técnicos do Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro esclarecem que houve a ruptura de um maciço acima da localidade Boa Esperança", explica a nota da Prefeitura.
De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros e secretário de Estado de Defesa Civil, Roberto Robadey, Niterói estava em estágio de atenção e alerta, e as comunidades estavam avisadas da situação.
Mais de 200 pessoas trabalham no local do deslizamento. As primeiras equipes chegaram ao local por volta das 5h. Ao todo, 80 homens do Corpo de Bombeiros atuam na comunidade para encontrar vítimas embaixo dos escombros.
Oito anos da tragédia no morro do Bumba
O desmoronamento aconteceu em Niterói, mesmo município da tragédia no morro do Bumba em abril de 2010, quando uma tempestade causou deslizamentos e deixou 48 mortos, além de milhares de desabrigados.
Oito anos após a tragédia, famílias atingidas ainda cobram as promessas de moradia. Alguns voltaram a morar no Bumba, mesmo com a Prefeitura interditando as casas do local, devido ao risco de novos deslizamentos.
A Prefeitura de Niterói informou em nota que fez cerca 70 obras de contenção de encostas, entregou mais de 3.000 casas populares e está desenvolvendo um trabalho focado em áreas de alto risco geológico.
"Foram investidos mais de R$ 200 milhões no Sistema Municipal de Defesa Civil de Niterói, considerado pela ONU um dos cinco melhores do Brasil. Nos últimos seis anos, não tivemos nenhuma tragédia com deslizamento de terra em encostas na cidade", diz.