Integrante do Casseta e Planeta diz que programa foi prejudicado na Globo e fala sobre a morte de Bussunda

 

Encerrado em 2012, o Casseta e Planeta foi um dos programas revolucionários no jeito de fazer humor na TV aberta durante anos. Após reinar absoluto por mais de uma década, no final de 2012 a Globo decidiu que era hora – por conta da baixa audiência – de encerrar a atração.
Helio de La Peña conversou com o programa TV Fama e acabou contando que, o que prejudicou de fato o humorístico foi o incômodo de algumas profissionais da Globo com as paródias, imitações e a liberdade que os humoristas tinham conquistado. “Teve um momento que aconteceu isso, no caso dos autores de novela não, os autores de novela sempre curtiram”, iniciou ele.
“Agora, na questão política e comercial a gente tinha alguns entraves. A gente não podia citar marcar, não podia fazer referência ao produto de outras emissoras e isso prejudicou bastante”, alegou. Na oportunidade, Helio também disse que a morte do colega Bussunda também colaborou para o fim do programa. “O lado pessoal foi mais difícil de superar do que o lado profissional.”
“Na Copa de 94, eu falei com o [humorista] Bussunda [1962-2006], porque ele chegou a fazer um convite informal pra mim para que eu fizesse parte do Casseta & Planeta”, contou ele à plateia durante lançamento da programação da Band para 2018.
Ele ainda elogiou a sua passagem pelo canal carioca: “Tive uma carreira legal na Rede Globo de Televisão fazendo exatamente uma antítese do que faço hoje. Eu fazia humor. E depois de ter sido demitido da Globo [em 1989] passei a fazer humor na Band, fazendo o Repórter-Surpresa e quadros de humor. As pessoas hoje nem lembram que eu fazia matérias bem-humoradas”, disse ele.
Mas Datena foi desmentido por ex-integrantes do programa global: “A gente se encontrou na Copa de 94. Ele [Datena] disse que era um sonho dele trabalhar no Casseta, e Bussunda respondeu que ele era bem-vindo. Mas isso foi bem antes de ele ter ido pra ‘editoria de polícia’. Na época era um jovem repórter esportivo, e dos bons”, afirmou o ex-casseta Cláudio Manoel ao colunista Daniel Castro.