“Conversei com minha família, com Deus, com poucos amigos, ouvi muitas opiniões do povo na rua e achei que ainda não era a hora”, disse o apresentador. “Ainda não estou preparado para ajudar meu País na política. A política depende de gente séria, capaz, que consiga ultrapassar a maior crise que já enfrentamos. Vamos esperar que outros quadros apareçam para tirar o Brasil dessa situação. É difícil? É, é quase impossível. Por isso que quando refleti, vi que não me sinto preparado para ajudar meu povo, a nação brasileira, numa outra função que não esta aqui”.
Datena, que se filiou ao DEM, afirmou que estava realmente decidido a ser candidato ao Senado por São Paulo. Contou, inclusive, que recebeu a promessa dos donos da Bandeirantes de que poderia voltar a apresentar o Brasil Urgente após a eleição. Ele ainda tem dois anos e meio de contrato com a emissora.
“Quando eu estiver preparado, me proporei definitivamente. Aí eu largo de uma vez o que eu estiver fazendo e me proporei a algum cargo. De outra forma, não. Achei que não era a hora de participar dessa política do jeito que ela está aí”, disse.
No fim de junho, Datena havia comunicado oficialmente à Band que deixaria de apresentar o Brasil Urgente. Se continuasse com a intenção de ser candidato, ele não poderia ter apresentado o programa nesta segunda-feira. Pela legislação eleitoral, radialistas, apresentadores de programas ou comentaristas que queiram se candidatar devem se afastar da grade de programação de emissoras de rádio e TV até o dia 30 de junho.
“É claro que, aparecendo na televisão como estou aparecendo, agora fica eliminada qualquer possibilidade, qualquer perspectiva, de eu ser candidato a qualquer cargo eletivo na República Federativa do Brasil”, disse.