EUA cancelam vistos da mulher e da filha do ministro da Saúde

 


Os Estados Unidos  cancelaram, nesta sexta-feira (15), os vistos da esposa e da filha de 10 anos do ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

O ministro não foi mencionado pelo Departamento de Estado americano, porque está com visto vencido desde o ano passado.

A família foi informada dos cancelamentos nesta manhã, em emails enviados pelo Consulado-Geral dos Estados Unidos em São Paulo.

A justificativa é que os vistos foram cancelados porque, após a emissão, "surgiram informações indicando" que a mulher de Padilha e a filha, de 10 anos, não eram mais elegíveis.

É mais uma ação do governo de Donald Trump para atingir os brasileiros.

Nesta semana, já foram revogados os vistos de funcionários do governo brasileiro ligados à implementação do programa Mais Médicos, além de ex-funcionários da Opas ( Organização Pan-Americana da Saúde) e seus familiares.

Foram cancelados os vistos de Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais da pasta e atual coordenador-geral para 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025(COP30).

Em comunicado, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, justificou que os servidores teriam contribuído para um "esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano" por meio do programa Mais Médicos.

Padilha também era ministro da Saúde quando o Mais Médicos foi criado, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2013.

De 2013 até 2018, médicos cubanos participaram do programa por meio de cooperação com a Opas.

Após a sanção aos funcionários brasileiros, Padilha defendeu o programa que, segundo ele, “sobreviverá aos ataques injustificáveis de quem quer que seja”.

Outras sanções

O governo de Donald Trump tem divulgado sanções a brasileiros há semanas.

Antes dos brasileiros ligados ao Mais Médicos e à OPAs, o primeiro alvo foi o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e seus aliados na Corte. Ele teve o visto revogado no dia 18 de julho.

Duas semanas depois, Moraes foi enquadrado na Lei Magnitsky , que pune violadores de direitos humanos.

As sanções impostas a membros do STF são uma tentativa de Trump de interferir no  julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), marcado nesta sexta-feira (14) para o dia 2 de setembro.

 

 

 

Postar um comentário

0 Comentários