Feijão desafia a inflação e se torna mais acessível em 2025

 


Enquanto os preços dos alimentos continuam subindo, o feijão se destaca na contramão da inflação e se torna mais barato. De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o valor da saca de feijão carioca caiu de R$ 331 em janeiro de 2024 para R$ 220 no mesmo período de 2025, representando uma redução de 33,5%. Esse movimento de queda está diretamente ligado ao aumento da oferta do grão, o que beneficia tanto a segurança alimentar quanto o setor de commodities.

IBGE prevê safra maior de feijão em 2025

As projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que a produção de feijão em 2025 deve atingir 3,4 milhões de toneladas, um crescimento de 9,3% em comparação à safra de 2024. A primeira colheita deve render 1,2 milhão de toneladas, enquanto a segunda pode chegar a 1,4 milhão de toneladas. Já a terceira safra tem previsão de 775 mil toneladas.

O espaço destinado à produção da primeira safra, conhecida como safra de verão, deve alcançar 1,3 milhão de hectares, um aumento de 6,3% em relação ao ano anterior. Além disso, a produtividade tende a melhorar, com uma estimativa de rendimento médio de 880 kg/ha, crescimento de 23,1%.

Queda no preço amplia acesso ao feijão

Especialistas do setor observam que a redução nos preços facilita o acesso ao feijão sem comprometer sua importância na alimentação. Mauro Bortolanza, fundador da Kicaldo e presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Feijão (ABIFEIJÃO), ressalta o valor nutricional do grão. “O feijão vai além de um alimento básico. Ele é uma fonte acessível de proteína vegetal de alta qualidade. Com preços mais baixos, seu consumo se torna ainda mais presente na mesa dos brasileiros”, destaca.

Dia do Feijão reforça a importância do alimento

Criado pela ONU, o Dia do Feijão, celebrado em 10 de fevereiro, tem como objetivo incentivar o consumo desse alimento rico em nutrientes. Apesar da queda na demanda nos últimos anos, o Brasil continua sendo um dos maiores produtores e consumidores de feijão no mundo.

Com a recente redução nos preços, especialistas acreditam que o grão pode recuperar seu espaço na alimentação do dia a dia. “O feijão é essencial não apenas pelo seu valor nutricional, mas também pelo impacto na economia e no agronegócio. É fundamental reforçar sua importância e mostrar às novas gerações os benefícios desse alimento tão presente na cultura brasileira”, conclui Bortolanza.

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