Polícia mira empresa que vendeu carne submersa da enchente do RS

 


Quatro pessoas foram presas em flagrante pelos  agentes da Delegacia do Consumidor (Decon-RJ), que cumpriram também oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados à empresa “Tem Di Tudo Salvados”.

A operação Carne Fraca ainda realiza diligências na sede operacional da empresa para fiscalizar estoques e área administrativa e arrecadar mercadorias impróprias ao consumo.

Carne imprópria para consumo

De acordo com as investigações da Polícia Civil, que contaram com o apoio da Decon do Rio Grande do Sul, no período de maio a junho do ano passado, os sócios da empresa adquiriram 800 toneladas de carne bovina estragada, que ficou submersa por muitos dias em Porto Alegre. Aproveitando-se da tragédia climática que assolou o estado gaúcho, eles alegavam que a intenção era a fabricação de ração animal.

O grupo vendeu a carne para outras empresas, obtendo lucro de mais de 1.000% e colocando em risco consumidores de todo o Brasil. 

Os investigados podem responder pelos crimes de associação criminosa, receptação, adulteração e corrupção de alimentos, com alcance em todo o país.

Descoberta

Todo o trabalho de investigação começou em um acaso no Rio Grande do Sul: uma das empresas que compraram a carne deteriorada foi justamente o frigorífico que vendeu o produto para a Tem Di Tudo. A empresa reconheceu e identificou a carne descartada pela numeração do lote na etiqueta da embalagem.

Agora a polícia tenta localizar as outras empresas que compraram a carne sem saber que era um produto impróprio para o consumo.

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