A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) , ministra Cármen Lúcia , fez duras críticas a Elon Musk e defendeu a suspensão da rede social X no Brasil, durante entrevista ao programa 'Roda Viva' , da TV Cultura , nesta segunda-feira (30). Ela ressaltou que "todas as empresas que atuam no país têm que cumprir as leis do país", deixando claro que a decisão de bloquear a plataforma foi uma resposta ao descumprimento das normas brasileiras.
Cármen Lúcia lembrou que participou da decisão que referendou a suspensão do X, em 2 de setembro, quando todos os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram a favor da medida, seguindo a determinação do ministro Alexandre de Moraes. “O Brasil não é quintal de ninguém. Se eu entrar num estado estrangeiro e descumprir a norma, sou deportada. Por que para nós tem que ser diferente?”, questionou, enfatizando a importância de fazer com que as leis brasileiras sejam respeitadas.
Sem citar diretamente o nome de Musk, a ministra também criticou a postura do empresário, argumentando que a liberdade de expressão não pode ser monopolizada por plataformas digitais. “O dono do algoritmo não pode ficar imaginando que ele é o único a ter uma expressão livre”, afirmou. Ela ainda destacou que "a vida continuou" após a suspensão da plataforma e que "a cidadania sabe se recriar" mesmo sem depender de redes sociais.
A presidente do TSE acredita que é fundamental manter o equilíbrio entre liberdade de expressão e o respeito às normas democráticas. "O que não admitimos é censura", reforçou Cármen Lúcia, destacando a necessidade de regulamentações que protejam a democracia e combatam a desinformação.
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