O avião do presidente da Venezuela,
Nicolás Maduro, foi apreendido pelos Estados Unidos na República
Dominicana e levado para a Flórida, nos EUA, nesta segunda-feira (2).
Segundo os norte-americanos, a aeronave violava as sanções sofridas pelo
país.
O avião Dassault Falcon 900EX, foi comprado por 13 milhões de dólares (R$ 73 milhões na cotação atual) e, segundo comunicado dos EUA, foi adquirido ilegalmente e contrabandeado.
A Venezuela repudiou a apreensão e classificou o ato como "pirataria". "Mais uma vez as autoridades dos Estados Unidos da América, em uma prática criminosa reincidente que não pode ser qualificada de outra coisa que não seja pirataria, confiscou ilegalmente uma aeronave que vinha sendo utilizada pelo presidente da República", diz comunicado do Ministério das Relações Exteriores.
O aplicativo de monitoramento de aeronaves FlightRadas24 mostrou o
percurso do avião, que saiu de Santo Domingo para Fort Lauderdale na
manhã desta segunda-feira (2).
“O Departamento de Justiça apreendeu uma aeronave, adquirida ilegalmente por 13 milhões de dólares por meio de uma empresa de fachada e foi contrabandeada para fora dos Estados Unidos para ser usada por Nicolás Maduro e seus comparsas”, disse o procurador-geral Merrick Garland, em comunicado.
A apreensão da aeronave acontece em um momento de tensão por causa da eleição na Venezuela. Os EUA e grande parte da comunidade internacional estão contra a decisão do Supremo Tribunal da Venezuela, que validou a reeleição de Maduro. A oposição afirma ter vencido as eleições de julho.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca declarou que a apreensão é um passo importante para garantir que Maduro enfrente as consequências de sua má administração. O comunicado afirma que Maduro e seus representantes falsificaram os resultados da eleição de 28 de julho e realizaram uma repressão em grande escala para se manter no poder.
Em agosto de 2019, os EUA proibiram transações com pessoas que agem em nome do governo da Venezuela. Essa ordem, emitida durante a presidência de Donald Trump, afetou qualquer pessoa nos EUA. Desde 2005, Washington impõe sanções a indivíduos e entidades na Venezuela por ações criminosas, antidemocráticas ou corruptas. A administração Trump ampliou essas sanções devido aos abusos dos direitos humanos e à corrupção sob o governo de Nicolás Maduro.
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