Irã rejeita pedidos ocidentais para abandonar ameaças contra Israel e afirma que "não precisa de autorização" para reagir ao seu inimigo, acusando-o de assassinar o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em seu território.
O Irã descartou nesta terça-feira (13) os pedidos das nações ocidentais para cessar suas ameaças contra Israel, destacando que "não solicita permissão" para responder ao que considera um inimigo, responsabilizado pela morte de Haniyeh, líder do Hamas, dentro do território iraniano.
"A República Islâmica está decidida a proteger sua soberania (...) e não pede autorização a ninguém para exercer seus direitos legítimos", declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Naser Kanani, em comunicado.
Na segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, juntamente com líderes da França, Reino Unido, Itália e Alemanha, instou o Irã a "renunciar às suas ameaças contínuas de ataque militar contra Israel", conforme comunicado divulgado pela Casa Branca.
"Esse pedido carece de lógica política, vai contra os princípios e normas do direito internacional, e representa um apoio a Israel", criticou Kanani.
O porta-voz acusou ainda que tal declaração "ignora os crimes internacionais cometidos pelo regime sionista, mas tem a audácia de exigir que o Irã não adote medidas dissuasivas contra um Estado que violou sua soberania".
Teerã e seus aliados regionais no Líbano, Iraque e Iêmen têm ameaçado Israel com retaliações desde os assassinatos, em 31 de julho, do líder do Hamas, atribuídos a Israel, e de Fuad Shukr, comandante militar do Hezbollah libanês pró-Irã, que foi morto um dia antes em um ataque aéreo israelense próximo a Beirute.
A comunidade internacional está empenhada em evitar uma escalada das tensões entre o Irã, que apoia o Hamas palestino e o Hezbollah, e Israel, que conta com o apoio dos Estados Unidos.
0 Comentários