O tenente-coronel Mauro Cid, foi preso na tarde desta sexta-feira (22) após prestar mais um depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF), desta vez para prestar esclarecimentos sobre os áudios vazados.
Ele foi ouvido pelo desembargador Airton Vieira, integrante do gabinete de Moraes, às 13h e após 1h30 de audiência, foi conduzido ao Batalhão do Exército em Brasília.
Em setembro do ano passado, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF) para falar de supostos crimes e irregularidades feitas durante o período que trabalhou para o ex-presidente.
Entenda o porquê da prisão
A detenção desta tarde tem três motivos:
- obstrução à Justiça por criar embaraço a investigação criminal;
- gravação de áudio possibilitando a divulgação pelas redes sociais de acusações contra a Polícia Federal e o Supremo Tribunal Federal;
- descumprimento da obrigação de manter a delação em sigilo, comentando em áudios temas em relação a ela;
Cid foi chamado para um novo depoimento após a revista Veja revelar na
quinta-feira (21) áudios onde o tenente-coronel aparece criticando o
ministro Alexandre de Moraes e a PF, dizendo que assuntos que não foram
ditos por ele estariam constando da delação.
Dentro desse contexto, Moraes optou por decretar a prisão de Cid depois de um pedido da Polícia Federal.
Segundo investigadores, o comportamento de Mauro Cid coloca em risco a sua delação.
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