O número de mortos no massacre do Jacarezinho , resultado de uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro na manhã desta quinta-feira (6), foi atualizado para 28. As três vítimas foram contabilizadas nesta sexta-feira (7), um dia após força-tarefa em favela no Rio de Janeiro.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, falou sobre a operação e afirmou que a ação foi o "fiel cumprimento de dezenas de mandados expedidos pela Justiça".
Mais cedo, a corporação havia dito que o número tinha subido para 27, com duas "novas vítimas" que morreram em hospitais. Com essa confirmação, ontem (dia 6) foi o dia com mais mortes decorrentes de intervenções policiais desde 2007. Em 15 de outubro do ano passado, houve 25 vítimas, mas durante oito operações diferentes na mesma data.
Ainda segundo a Polícia Civil, 26 das vítimas eram consideradas suspeitas, sendo que o 27º morto era um agente da polícia e 25 possuíam antecedentes criminais. Nesta sexta-feira, moradores do Jacarezinho realizaram dois protestos contra a operação, na porta da Cidade da Polícia e dentro da comunidade.
ONU pede investigação independente
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos disse, nesta sexta-feira, estar "profundamente preocupado", após a sangrenta operação contra o tráfico de drogas da polícia em uma favela do Rio de Janeiro, e pediu à Justiça brasileira uma "investigação independente e imparcial".
"Recebemos relatos preocupantes, segundo os quais, depois do ocorrido, a polícia não tomou as medidas necessárias para preservar as provas na cena do crime, o que pode dificultar a investigação", afirmou o porta-voz da instituição da ONU, Rupert Colville.
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