Dólar recua com estímulos e negociações comerciais entre China e EUA


O dólar recua frente ao real, nesta sexta-feira, 19, em linha com a desvalorização da moeda americana no mundo. O movimento é reflexo do maior apetite a risco entre os investidores, otimistas com a possibilidade de novos estímulos e de a primeira fase do acordo comercial entre China e Estados Unidos ser cumprida. Às 9h30, o dólar comercial caía 0,3% e era vendido por 5,354 reais. O dólar turismo, com menor liquidez, caía 0,7%, vendido a 5,64 reais.
Após a reunião entre representantes dos dois países, a China se comprometeu a acelerar a compra de produtos agrícolas, como milho, soja e etanol, como parte da “fase um” do acordo comercial entre as duas potências, de acordo com a agência Bloomberg. No Twitter, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, afirmou que a China se comprometeu a honrar o acordo.

“Notícia positiva para propensão a risco. Ajuda, pelo menos no curto prazo, a reduzir a possibilidade de um rompimento comercial entre EUA e China”, comentaram analistas da Exame Research em relatório desta manhã.

O mercado também repercute positivamente o fundo de recuperação da União Europeia de 750 bilhões de euros. A medida é apoiada pela chanceler alemã, Angela Merkel, que deseja que o estímulo saia do papel até o fim de julho, com o intuito de aliviar os efeitos econômicos da pandemia. Contudo, a o pacote de recuperação ainda precisa ser discutido no Conselho Europeu.

Embora a possibilidade de novos estímulos tenha animado o mercado, Ricardo Filho, da corretora de câmbio Correparti, recomenda cautela sobre o tema, tendo em vista que a negociação, que envolve 27 governos europeus, é “pouco animadora”
As negociações devem ser encabeçadas pela própria Alemanha, que irá assumir a  presidência semestral da União Europeia em 1º de julho.

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