Plano Marshall
A 1ª crítica foi feita pelo ministro Paulo Guedes (Economia). Em sua fala, Guedes reclamou do fato de parte da imprensa intitular o programa Pró-Brasil –para a recuperação econômica após a pandemia da covid-19– como Plano Marshall, em referência ao que foi adotado pelos Estados Unidos para recuperar danos causados aos países aliados na 2ª Guerra Mundial.Guedes disse considerar que trata-se de uma conotação negativa. E que 1 Plano Marshall deveria ter sido feito pela China aos países afetados pelo coronavírus. Esse trecho da reunião teve parte mantida em sigilo pelo ministro Celso de Mello.
O ministro falou ainda que a imprensa teria dito: “Vem 1 plano Marshall aí e [Ministério da] Economia está de fora”. O chefe da pasta disse que alguém teria conversado com jornalistas sobre o projeto, e falou que essa falta de sincronia enfraquece o governo, “É 1 atentado contra nós mesmos.”
Bolsonaro, então, interveio. Disse que o jornais “deturpam, inventam e potencializam”.
“Tem
que ignorar esses caras, 100%. Se não, a gente não vai para frente. A
gente está sendo pautado por esses pulhas. O tempo todo jogando 1 contra
o outro”, disse o presidente. “Se a gente puder falar zero com a imprensa, é a saída”, completou.
Dinheiro para a Band
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, declarou que a Bandeirantes teria pedido dinheiro ao banco. Deu a entender que a estatal teria negado o recurso, o que teria criado 1 desentendimento. Segundo Guimarães, é preciso ter uma narrativa em comum.
“Acho que a
gente está com 1 problema de narrativa. Hoje de manhã, por exemplo, o
pessoal da Band queria dinheiro. O ponto é o seguinte: vai ou não dar
dinheiro para a Bandeirantes? […] Não vai dar dinheiro para a Bandeirantes? Passei meia hora tomando porrada, mas repliquei”, disse o presidente do banco público.
“Não tem essa frescura de home office”, completou, afirmando que a Caixa tem mais de 30.000 funcionários já “na rua”.
Projetos ambientais sem holofotes
O ministro Ricardo Sales (Meio Ambiente) afirmou que com a pandemia dominando o noticiário, era a chance de passar medidas do interesse do governo e da pasta.
“A oportunidade que nós tempos
–que a imprensa está nos dando 1 pouco de alívio nos outros temas– é
passar as reformas infralegais, de desregulamentação, simplificação”, afirmou o ministro do Meio Ambiente.
Sales falou que o mesmo se aplicaria a outros ministérios. Reforçou que o momento seria ideal para passar, “à boiada”, diversos planos. “Precisa
ter 1 esforço nosso aqui, enquanto estamos nesse momento de
tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa –porque só fala de
covid–, e ir passando à boiada”.
Perseguição à família Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro acusou a imprensa –assim como órgãos de segurança– de perseguir integrantes de sua família, como seus irmãos. Citou como exemplo uma reportagem da Folha de S.Paulo sobre seu irmão, que é capitão do Exército em Miracatu, cidade no interior de São Paulo.
“A
bosta da Folha de São Paulo fala que meu irmão foi expulso de 1 açougue
em registro que estava comprando carne sem máscara. Comprovou no papel:
estava em São Paulo este dia. O dono do alou falou que não estava lá. E
fica por isso mesmo. É putaria o tempo todo para me atingir mexendo com
a minha família”, declarou o mandatário.
Ministros elogiados
Logo em seguida, Bolsonaro contestou o fato de ministros serem elogiados por jornais que, segundo ele, o criticam. Falou ainda que se algum membro do 1º escalão for elogiado por certos veículos, este será demitido.
“Aqui
eu já falei: perde o ministério quem for elogiado, pela Folha, pelo
Globo, pelo Antagonista. Tem certos blogs que só têm notícia boa de
ministro, não sei como. O presidente toma porrada, mas o ministro é
elogiado”, afirmou Bolsonaro.
“’O ministério está indo bem, apesar do presidente…’ Vai pra puta que pariu, porra. Eu que escalei o time, porra”, xingou o presidente.
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