Governadores ignoram Bolsonaro e dizem que manterão serviços fechados


Governadores de pelo menos 6 Estados afirmaram que manterão os serviços fechados mesmo depois de decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro nesta 2ª feira (11.mai.2020). O chefe do Executivo federal incluiu na lista de serviços essenciais salões de beleza, barbearias e academias.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), ignorou a medida. Citou no seu perfil do Twitter quais setores estão liberados a funcionar a partir desta 2ª feira, ignorando os listados pelo presidente:

 
Rui Costa (PT), governador da Bahia, declarou que o Estado “vai ignorar as novas diretrizes do governo federal”.  
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), ironizou o decreto de Bolsonaro: “O próximo decreto de Bolsonaro vai determinar que passeio de jet ski é atividade essencial?”. No último sábado (9.mai), o presidente aproveitou a tarde para dar 1 passeio de jet ski no Lago Paranoá, em Brasília. Na ocasião, declarou que a pandemia é “uma neurose”.
Helder Barbalho (MDB), governador do Pará, citou recente decisão do STF sobre autonomia de Estados e municípios para impor regras de isolamento. Afirmou que as atividades “permanecerão fechadas”.
Governador do Ceará, Camilo Santana (PT) disse que o decreto de Bolsonaro “nada altera” as regras atuais da quarentena no Estado.
“Academias, salões e barbearias continuarão fechados”,  escreveu o chefe do Executivo estadual de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), no Twitter. Afirmou que o compromisso de seu governo “é salvar vidas”.
O prefeito de Manaus, Arthur Vírgilio Neto (PSDB), também foi ao Twitter. Declarou que “não é hora de afrouxar o isolamento”. A cidade é uma das mais afetadas pelo novo coronavírus.

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