Brasil registra 299 mortes por covid-19 e 7.910 contaminados


 número de casos confirmados do novo coronavírus no Brasil chegou a 7.910, de acordo com balanço divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (2). O número de mortes é de 299. A taxa de letalidade é de 3,8%, superior aos 3,5% registrado nos últimos dias.
Foram contabilizados óbitos em 22 unidades da Federação: Amazonas (3), Rondônia (1), Pará (1), Alagoas (1), Sergipe (2), Bahia (3), Ceará (20), Maranhão (1), Pernambuco (9), Piauí (4), Paraíba (1); Rio Grande do Norte (2), Minas Gerais (4), Rio de Janeiro (41), São Paulo (188), Espírito Santo (1), Distrito Federal (4), Goiás (1), Mato Grosso do Sul (1), Paraná (4), Santa Catarina (2) e Rio Grande do Sul (5).
Nesta quarta-feira (1º), eram 6.836 casos confirmados e 240 óbitos. A quantidade de diagnósticos positivos cresceu cerca de 15,7% de quarta para quinta e a de mortes, 24,6%. São 1.074 novos casos de um dia para o outro e 59 mortes, no mesmo período.
O maior número de casos atuais está concentrado na região Sudeste — 4.988, o que corresponde a 63% dos diagnósticos. Só em São Paulo, são 3.506 infectados.
A região Nordeste tem 15% das infecções —1.118 casos. Logo atrás, a região Sul conta 10% — 833 diagnósticos positivos. O Centro-Oeste tem 532 casos e o Norte, 377.
A incidência para o Brasil é de 3,7 por 100 mil habitantes. O indicador varia por unidade da Federação, sendo a mais alta no Distrito Federal (12,1 por 100 mil habitantes).
Segundo informações do Ministério da Saúde sobre o avanço da pandemia, entre as mortes, 89% estão acima dos 60 anos, 57,8% são homens e 85% apresenta pelo menos um fator de risco, como cardiopatias, diabetes ou pneumonia.
A demora no resultado de testes laboratoriais, que detectam tanto a causa da morte quanto se a pessoa foi contaminada, leva a um atraso nos dados oficiais. Há também uma subnotificação de casos confirmados devido à limitação de testes de diagnóstico.
Desde o início da pandemia, foram registradas 23.999 hospitalizações por SRAG (síndrome respiratória aguda grave) no Brasil. Do total com esse quadro sintomático, 1.587 casos (7%) foram confirmados para covid-19. O restante são infecções causadas por outros vírus, como influenza.
São Paulo é o estado mais crítico. 48% das hospitalizações por SRAG no período ocorreram nesta unidade da Federação, sendo que 83% desse total eram casos de covid-19.
Em todo o território nacional, houve um incremento de 197% em 2020 em relação ao mesmo período de 2019 do total de internações de SRAG, o que indica sobrecarga no sistema. Segundo Mandetta, essa alta de internações é explicada pelo aumento da procura por pacientes com outras doenças que não sejam covid-19.

Testes para covid-19

Os dados de casos confirmados e mortes estão disponíveis em um painel online do Ministério da Saúde com informações dos estados e municípios. Desde que foram feitas modificações na alimentação do sistema de informações oficiais e na ampliação de testes, o governo federal espera um aumento de diagnósticos.
Segundo a assessoria de imprensa da pasta, 500 mil testes rápidos começaram a ser distribuídos no País nesta quarta. Este é o primeiro lote de um total de 5 milhões de testes rápidos adquiridos pela Vale e doados ao governo federal. Os outros 4,5 milhões devem chegar ao Brasil neste mês.
Esse tipo de teste é direcionado para profissionais de saúde, além de agentes de segurança, como policiais, bombeiros e guardas civis com sintomas de síndrome gripal. Apesar do resultado em minutos, esse tipo de teste, por meio de sorologia, só é eficaz após dias de contaminação, devido ao tempo de reação do organismo para produzir anticorpos.
De acordo com o Ministério da Saúde, foram distribuídos também 54 mil testes de biologia molecular (RT-PCR), que identifica a contaminação logo no início. A expectativa é de que sejam entregues 23 milhões de testes, somando os dois tipos.
A mudança na testagem é uma resposta à orientação internacional. Antes, apenas os casos mais graves, em que há indicação de internação, faziam o exame, apesar da orientação da OMS (Organização Mundial de Saúde) de testar todo caso suspeito.

Equipamentos de combate à pandemia

De acordo com o Ministério da Saúde, até o momento, a pasta repassou 40 milhões de itens como máscaras e outros equipamentos individuais a estados e municípios. O volume é suficiente para os estoques locais de cerca de 20 dias, além do material sob o comando de gestores locais.
De acordo com a assessoria de imprensa do ministério, “a pasta mantém esforço constante na aquisição de mais equipamentos e insumos, buscando fornecedores nacionais e internacionais”. Nesta semana, foi fechada a compra de 200 milhões de itens, o que deve sustentar o sistema por cerca de 60 dias.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, tem destacado as dificuldades de logística envolvendo a aquisição e distribuição de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) devido a uma demanda mundial por conta da pandemia.
Para lidar com o problema, o ministério tem trabalho com alternativas para “permitir o maior número de participantes e ofertas de quantidades possíveis dos fornecedores, como o fracionamento de aquisições”, segundo a assessoria da pasta. O ministério também destacou que os valores estão acima daqueles normalmente praticados.

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