
As composições abordam temas como as investigações de suposta ‘rachadinha’ envolvendo o senador Flavio Bolsonaro (sem partido-RJ); a demissão do ex-secretário especial de Cultura, Roberto Alvim; e a política da ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) que prega a abstinência sexual.
Marchinha da abstinência sexual
A ministra Damares Alves lançou na semana passada a campanha Tudo Tem seu Tempo, para prevenir a gravidez precoce. Um dos pilares da campanha é o retardamento do início da vida sexual de jovens e adolescentes. O assunto virou tema para duas marchinhas.O grupo Os Marcheiros e a Política em Sátiras compôs a “Marchinha da abstinência sexual” sobre o assunto. Eis trecho da letra:
“Não deu Match no TinderNão deu 1 Match com ninguémAgora todo mundo fica sem!
Quem já deu, já deu…Quem não deu não vai dar maisNão vai DamaresNão vai Damares”
O tema também inspirou a música “Quem Deu, Deu, Quem Não Deu, Não Damares”, publicada pela Família Passos, Talquey? no Youtube. O refrão diz: “na goiabeira ou em todos os lugares, quem deu, deu; quem não deu, não Damares!”
Roberto Alvim
Roberto Alvim foi demitido da Secretaria Especial de Cultura depois de parafrasear Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista, em pronunciamento. O episódio rendeu uma música do grupo Os Marcheiros e a Política em Sátiras intitulada “Reich da Reichadinha”. Eis 1 trecho:“Nosso Goiabbels o SECTÁRIOTirou o Bozofuher do ArmárioSua Gestapo: a milícia virtualProtege o bunker no laranjal
Saúda o mito fazendo arminhaViva o Reich, Reich da Reichadinha”
A Família Passos, Talquey? também fez uma paródia sobre o tema:
“É o começo do fimTem gente apoiando o Alvim‘O problema é ser comunistaO vídeo é inofensivo’Isso é coisa de nazista!”
A música também critica a atriz Regina Duarte, que vai substituir Alvim na Secretaria. Outro alvo da marchinha é o professor Olavo de Carvalho, considerado o guru ideológico do governo Bolsonaro. O acadêmico ganhou uma música à parte do grupo Os Marcheiros:
‘Eulavo meu Carvalho’
“Eulavo, eulavoEu lavo direitinho
Eulavo meu Carvalho
Pra ele não ficar doentinho
Seguro meu Carvalho com a mão
Esfregando, Eulavo com sabão
Jogo uma água e enxugo na final
Não dá pra por o Carvalho no varal”
“Virei chacota
Na Internet
Depois de 1 erro
Ter cometido
Se eu tivesse estudado Paulo Freire
Isso não teria acontecido
…
Impressionante
Eu escrevo com C
Paralisação eu escrevo com Z
Suspensão, com C cedilha
Vou lançar a minha
Própria cartilha”
‘Rachadinhas’
O senador Flavio Bolsonaro (sem partido-RJ) é investigado por suposto envolvimento com esquema na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). Ele e seu ex-assessor Fabrício Queiroz são suspeitos de coordenar 1 esquema de “rachadinha” à época em que o filho do presidente era deputado estadual.O grupo Os Marcheiros escreveu uma paródia sobre o tema. Eis parte da letra:
“Se ficar interessado
Pode se juntar a nós
Aplica uma parte na poupança do Flavinho
E manda o comprovante pro Queiroz
Eu me comporto
Fico na minha
Me deixa entrar
Na rachadinha!”
A Polícia Federal chegou a cumprir mandado de busca e apreensão em uma loja de chocolates do senador durante as investigações. O episódio é mencionado na marchinha “Chocolate com Laranja” da Família Passos, Talquey?. Leia parte da letra:
“O Flavinho bolsokid
É o nosso Willy Wonka
Chocolate de fachada
Mas por trás ele apronta
É lavagem de dinheiro
1 milhão e 600 mil
Rachadinha da milícia
Mafioso do Brasil”
Conflito de interesses
O secretário de comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, é sócio majoritário de uma empresa cujos clientes prestam serviço à Secom. De acordo com reportagem do jornal Folha de S.Paulo, emissoras com contratos com a empresa de Wajngarten passaram a receber mais verbas do governo desde que ele assumiu a chefia.Os Marcheiros compôs uma música sobre o assunto. Eis parte da letra:
“Quem falar bem da gente
Vai ganhar
Quem falar mal, você pode cortar
Tira daqui, coloca lá
Que a grana do merchad
Não vai faltar!”
Bolsonaro e o meio ambiente
A música “DiCaprio Incendiário” faz menção a 1 comentário do presidente associando o ator Leonardo DiCaprio a incêndios criminosos na Amazônia. Eis parte da letra do grupo Os Marcheiros:“Leonardo não engana mais ninguém
O capitão desmascarou mais 1 vilão
Suja as praias com o óleo que vem
Do Titanic que ele foi tripulação”
Em agosto do ano passado, Bolsonaro sugeriu que se faça “cocô dia sim, dia não” para conciliar o crescimento econômico com a preservação ambiental. Os Marcheiros aproveitaram para compor outra música. Eis a letra:
“Cocô, agora, é dia sim e dia não
Decretou o capitão
Se a coisa apertar
Segura a emoção
E bota uma rolha no Butão
Pra melhorar a condição ambiental
O capitão teve outra ideia genial
Se num dia o cocô for liberado…
No outro dia, tem que ficar enfezado”