O juiz Rafael Estrela, da Vara de Execuções Penais, negou neste
sábado (21.dez.2019) pedido feito por advogados do ex-presidente da
Câmara dos Deputados Eduardo Cunha para que ele cumpra o resto da sua
pena em prisão domiciliar. A defesa do emedebista alegou que Cunha apresenta quadro de aneurisma cerebral. As informações são do colunista Lauro Jardim, do jornal
O Globo.
A
Seap (Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro) foi
acionada para elaborar 1 laudo médico sobre a saúde do ex-deputado.
Depois de receber o documento, o juiz negou o pedido para que Cunha
saísse da prisão. O processo corre em segredo de Justiça.
Esta
não é a 1ª vez que o ex-presidente da Câmara e 1 dos principais
protagonistas no processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT) alega
sofrer com aneurisma. Em fevereiro de 2017, dias após a morte da
ex-primeira-dama Marisa Letícia (ex-mulher de Lula), Cunha disse ao
então juiz Sergio Moro, de Curitiba, que sofria do mesmo mal. Sua defesa
chegou a enviar à Justiça Federal exames assinados pelo médico João
Pantoja que, naquela ocasião, recomendou
“continuada observação e avaliação periódica“.
Cunha preso
O
ex-deputado está preso desde outubro de 2016. Foi transferido do
Complexo Médico-Penal de Pinhais (PR) para Bangu 8, no Complexo
Penitenciário de Gericinó (RJ), em maio deste ano. A mudança atendeu a
pedido da defesa do emedebista, que tem família no Rio de Janeiro.
Cunha
cumpre sentença de 14 anos e 6 meses imposta pela Lava Jato por esquema
da compra de campo de petróleo pela Petrobras em Benin, na África.
Também já foi condenado a 24 anos e 10 meses de prisão por crimes
envolvendo fundos de investimentos controlados pela Caixa Econômica
Federal.