Arnaldo: "Barrou o Ganso e piorou".

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A 28ª rodada do Campeonato Brasileiro terminou com quatro clubes grandes do futebol brasileiro na briga contra o rebaixamento para a Série B, com o Cruzeiro permanecendo mais uma rodada entre os quatro últimos colocados e o Fluminense mais próximo, enquanto Botafogo e Atlético-MG ainda não conseguem se livrar em definitivo da queda.
A fraca campanha dos quatro clubes foi o assunto principal no terceiro bloco do podcast Posse de Bola nesta semana. Eduardo Tironi fez uma enquete nas redes sociais sobre qual dos grandes corre o maior risco de cair e o Cruzeiro foi o mais apontado pelos torcedores.
"O Cruzeiro com essa história do escândalo, da grana e tudo, gera uma certa antipatia", afirma Mauro Cezar Pereira.
"Sábado o Fluminense foi uma coisa medonha. No segundo tempo o time todo desorganizado, o time era um bando, jogadores empilhados no ataque, a bola na defesa e não acontecia nada", completou analisando o time comandado por Marcão.
O Botafogo é dono de uma das piores campanhas do segundo turno no Brasileirão e é treinado por Alberto Valentim, mesmo técnico que há poucas rodadas comandava o lanterna Avaí. E os resultados não melhoraram desde a chegada do técnico.
"Estava no Avaí afundado no rebaixamento e vai salvar o Botafogo? Foi uma presa fácil, o Grêmio tá abalado, tomou de 5 a 0 (do Flamengo) e você não consegue tirar proveito do estádio vazio e adversário com ânimo no lixo. Tem muito time ruim, tem três que dificilmente vão escapar. E o Cruzeiro não aproveita, não consegue ganhar do Fortaleza em casa, isso faz com que o Cruzeiro continue ameaçado", completou Mauro Cezar.
Eduardo Tironi apontou para a mudança brusca de direção na forma de jogar de Botafogo e Fluminense, os clubes cariocas que correm risco de cair e trocaram de técnico sem a manutenção do perfil adotado pelos demitidos.
"Desses quatro times, dois times que tentavam ter a bola, abriram mão dos treinadores que faziam isso e optaram por caras que não são isso. O Botafogo optou por cara que é o inverso disso", apontou citando Fernando Diniz no Fluminense e Eduardo Barroca no Botafogo.
"Pressionaram para barrar o Ganso, o Marcão barrou o Ganso e piorou. O Fluminense é uma questão bem complexa", completou Arnaldo Ribeiro.
Clube que não vem sendo apontado como candidato ao rebaixamento até pelos seis pontos de distância para os quatro últimos, o Atlético-MG também chama a atenção dos comentaristas para o risco de queda com o baixo desempenho apresentado e as propostas de jogo pouco condizentes com a qualidade do elenco.
"O goleiro do Atlético-MG fez três ou quatro reposições propositais para a linha lateral, no lado direito. Chutar a bola pra fora para pressionar o lateral do São Paulo", citou Arnaldo.
"Um técnico de futebol, pode ser o Mancini, qualquer outro. Você chega num clube como o Atlético-MG, que tem um elenco bem razoável, mas o time tá mal. Organiza o time, faz o time jogar com a maldita bola que é o objeto do jogo ou rejeita a bola chutando para a lateral para tentar pressionar um ponto fraco do seu adversário na hora de colocar a bola em jogo? É de uma pobreza. Fosse um time minúsculo, mas isso não pode", concluiu Mauro Cezar.