Lionel Messi voltará a campo no próximo sábado, quando a Argentina enfrentará o Equador, às 22h (de Brasília), pelas quartas de final da Copa América. Porém, não será correto dizer que o astro será jogador do Barcelona. Isso porque, aos olhos da lei, ele estará livre no mercado devido ao contrato com o clube catalão se encerrar nesta quarta-feira (30). É questão de tempo para a decisão de assinar com um novo (ou com o mesmo) clube caber única e exclusivamente a ele.
A novela para a renovação contratual de Messi é desenhada desde o início da atual temporada. Após a goleada por 8 a 2 sofrida pelo Barcelona diante do Bayern de Munique, nas quartas de final da Liga dos Campeões de 2019/2020, o camisa 10 duvidou da capacidade da diretoria catalã de montar uma equipe competitiva. Após divergência jurídica sobre a rescisão, que o obrigaria a pagar 700 milhões de euros (R$ 4,5 bilhões), a decisão foi de permanecer.
— Claro que me custou muito decidir. Sempre disse que queria me aposentar aqui e sempre disse que queria ficar. Queria um projeto ganhador, ganhar títulos com o clube para seguir aumentando a lenda do Barcelona a nível de títulos. A verdade é que há tempos que não há projeto nem nada. Vão fazendo malabarismos e tapando buracos à medida que vão acontecendo as coisas — afirmou Messi.
Porém, de lá para cá, muita coisa mudou. Esportivamente, a temporada foi de poucas mudanças para o Barcelona. Somando todas as competições disputadas, Messi entrou em campo em 47 jogos e marcou 38 gols, faturando a Copa do Rei. A falta de título do Campeonato Espanhol e a eliminação nas oitavas de final da Champions League para o PSG incomodaram, mas pouco mudaram a pretensão do argentino.
O que mudou mesmo aconteceu fora das quatro linhas — e pode ajudar na permanência de Messi. Josep Maria Bartomeu, algoz explícito do atacante argentino e figura central de uma das maiores crises da história do clube, renunciou ao cargo de presidente, agora ocupado por Joan Laporta. Para a próxima temporada, também foi contratado o atacante Sergio Aguero, amigo pessoal de Messi e da família do astro. Tudo para agradá-lo.
— Leo é o melhor do mundo, está enraizado no clube. Estou convencido que quer ficar e faremos tudo o que estiver em nossas mãos para que fique, dentro das nossas possibilidades. Hoje vimos que ele está apoiado por um grande time. O futebol tem sido muito bem jogado — afirmou Laporta.
Messi fica ou sai?
Nesta novela, dois clubes apareceram como candidatos a retirar Messi do Barcelona: o Paris Saint-Germain e o Manchester City. Os franceses ofereceram uma proposta financeiramente vantajosa, mas o atacante via com melhores olhos a chance de reencontrar com o técnico Pep Guardiola na Inglaterra. Isso fez os franceses se retirarem das negociações, mas a tendência é que o argentina permaneça na Catalunha.
De acordo com o diário 'Sport' e 'Mundo Deportivo', as negociações estão muito avançadas para a renovação e resta apenas a assinatura e alguns detalhes menores para ser oficializada. A renovação será válida por dois anos.
A ideia do Barça era ter anunciado no dia 24, aniversário de Messi, ou nesta terça, quando o presidente do clube Joan Laporta completou 59 anos, mas não foi possível.
Com todo o acordo bem encaminhado, Barça e Messi trabalham para ajustar os últimos detalhes nas cláusulas contratuais antes do anúncio oficial da ampliação do vínculo do camisa 10, o que deve acontecer já na próxima semana.
— O novo contrato do Messi vai bem, mas ainda não está feito. A relação é muito boa, porque o Leo quer o Barcelona e, mesmo se trate de um jogador que é condicionado por seu talento, temos a ciência de que estamos preparando tudo o que seja necessário para que ele siga no Barcelona. Antes havia outro presidente, que o decepcionou. Agora sou eu — afirmou Joan Laporta.
Perto de recordes
Falando individualmente sobre Messi, o craque está próximo de quebrar novos recordes. Visando a Copa do Mundo de 2022, o atacante ainda terá a disputa de algumas rodadas das Eliminatórias. Com 23 gols, o camisa 10 da Argentina busca a ponta do ranking, e está empatado com Luis Suárez.
No geral, por seleções da América do Sul, pode passar Pelé. O ex-camisa 10 do Brasil tem 77 gols com a camisa amarelinha e, se marcar mais quatro, o gênio argentino passa o brasileiro.
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